sábado, 12 de fevereiro de 2011

Review Bioshock


“ In the end what differs a man from a slave ? a man chooses, a slave obeys”

Você poderia me encontrar na estação de trem ? frase comum no cotidiano das pessoas correto? Entretanto algo tão simples se tornou tema de um dos  melhores ( se não o melhor ) roteiro dessa geração, política e ideologia se misturaram numa trama que se propõe a responder uma simples pergunta : até onde as escolhas de um homen o levam a traçar seu próprio destino.
Andrew Ryan era um homen com um sonho, como um grande industrial na década de 30 Ryan se viu limitado pelos limites de seu tempo, seja pelas ideologias politicas de seus governos ou pelos grilhões religiosos que prendiam a criatividade dos homens. Ryan teve então uma idéia, juntar todos os filósofos, cientistas e artistas de seu tempo que estivessem dispostos a criar sem estarem presos por regras e moralidade e criar uma cidade subaquática chamada Rapture.
Somente alguem com um ideal tão forte quanto o de Ryan poderia imaginar que essa idéia poderia dar certo, e por um tempo Rapture prosperou sem problemas, até que as coisas começaram a dar errado, bizzaramente errado. Os cientistas de rapture descobriram um composto no fundo do oceano chamado Adam, este tinha a capacidade de reescrever o código genético das pessoas. Você que sempre quis brincar de Jedi agora poderia fazer objetos levitarem,  soltar bolas de fogo pelas mão ? sem problemas, e até mesmo melhorar sua inteligencia e atributos físicos era possível através do Adam.


Agora imagine você no trânsito de São Paulo depois de 4 horas de congestionamento, um infeliz lhe ultrapassa indevidamente e destrói a lateral do seu carro. Agora imagine isso se você pudesse soltar bolas de fogo com um simples estalar de dedos, foi basicamente isso que aconteceu em Rapture. Você como player assumi o papel de Jack, um simples cidadão americano cujo avião sofre acidente em pleno oceano pacífico, sendo você o único sobrevivente, busca abrigo em uma farol proximo pois era isso ou morrer congelado, se bem que se Jack soubesse o que o aguardava era bem capaz que escolhesse o congelamento.
Jack não fala uma palavra o jogo inteiro a não ser o eventual grito de dor quando baleado, mais interessante que isso você sequer sabe que seu nome é Jack se não prestar atenção, ou seja para todos os efeitos seu personagem poderia se chamar Usnavi  sem problemas para a narrativa. A imersão foi algo que desde o primeiro segundo de jogo era valorizada, você estava preso em rapture e soh dependia de você conseguir escapar de lá, bom… de você e sua fada.
Sua fada em Bioshock se chama Atlas, um cidadão de Rapture que tem um monólogo com Jack a respeito de como Rapture mudou de cidade hiper-futurista para um manicômio Hi-tech, é Atlas que lhe guia e mostra o caminho que Jack deve seguir para conseguir escapar da cidade amaldiçoada de Ryan.
Em termos de Gameplay Bioshock foi muito elogiado por inovar um genêro que estava estagnado, os jogos de tiro em primeira pessoa. Na mão direita Jack utiliza um arsenal que vai de uma chave de fendas à um lança granadas e todas essas ( com exceção da chave de fendas) podem e devem ser evoluídas para que sejam mais poderosas, rápidas e mortais. Mas o que interessa aqui é a mão esquerda de Jack, lembram das modificações genéticas ? elas se chamam Plasmids e você as utilizará o jogo inteiro podendo eletrecutar, congelar e até invocar um enxame de insetos para fuzilar seus inimigos.

A dinâmica que isso trouxe ao jogo foi íncrivel, utilizar as duas mãos para atacar os inimigos fez o jogo se tornar extremamente rápido, podemos eletrecutar um inimigo e em seguida usar a shotgun pra finaliza-lo como podemos somente os distrair com um enxame de abelhas enquanto preparamos o lança granadas.As possíveis combinações nas batalhas fazem com que você nunca se canse de lutar contra hordas de inimigos, porém infelizmente as evoluções dos Plasmids não acompanham o das armas, no final do jogo é bem capaz que você esteja utilizando somente as armas e não os plasmids.
Outro ponto importante são as Little Sisters, experiências genéticas criadas em Rapture essas pequenas garotas geram Adam dentro de seus corpos e são protegidas por enormes inimigos armadurados chamado simplesmente de Big Daddy, imaginem alguem usando uma roupa de mergulho dos anos 50 com uma perfuradeira gigante no braço esquerdo e você pode imaginar o tamanho da encrenca e sim, você tem que enfrenta-los ou nada de ter acesso a little sister.
Bioshock popularizou em 2007 algo que rpgs faziam a muito tempo mas que agora se tornou padrão na maioria dos jogos:decisões. Ao obter uma little sister você tem 2 opções, sugar uma quantia pequena de Adam para que a garota volte a ser humana ou sugar todo o Adam de seu corpo e mata-la no processo. Isso afetará em muito a opnião de alguns personagens do jogo sobre você assim como o final( particularmente prefiro o final sem matar nenhuma little sister,é este que recomendo).
O jogo só não é perfeito por alguns detalhes como a anteriormente citada evolução dos plasmids, alguns problemas graves que decorrem da Unreal Engine (como o ragdoll dos inimigos mortos e bugs de texturização) e o que eu considero mais grave: alguns objetivos passados por atlas, a maioria deles é vá de um ponto A para um ponto B e em um jogo que se percebe um acabamento refinado é meio grave esse deslize.
Bioshock é um dos melhores jogos dessa geração, ele é imperdível e deve ser jogado por qualquer um que seja fã de boas histórias, não estragarei nenhuma surpresa mas a reviravolta que acontece na metade do jogo é de ficar arrepiado.
Ficha Tecnica

Nome: Bioshock
Distribuidora: Take-Two
Desenvolvimento: Irrational Games
Data de Lançamento: 2007
Estilo: First Person Shooter
Nota : 9,7


 

1 comentário:

  1. CA-RA-LE-O!
    Muito bom, muito bom mesmo!
    Adorei esse review! PQPQP muito bom Rapha!
    Sensacional!
    To esperando God Of War e BlazBlue (apesar de nao gostar do jogo! sahusah)
    Abração cara e parabéns!

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