sábado, 29 de janeiro de 2011

Review Assassin's Creed Brotherhood


"Nothing is True, Everything is Permmited"

Como primeira análise do blog irei fazer um review do jogo que tem tomado a maior parte do meu tempo nas férias, o novo jogo na série Assassin's Creed. Esta franquia começou em 2007 quando a Ubisoft resolveu investir em novas propriedades intelectuais e foi desenvolvida pelo mesmo time de Prince of Persia: Sands of Time.

Apesar de obter opniões mistas em seu lançamento o sucesso da franquia era inquestionável, a mistura do estilo de jogo acrobático(onde você deve subir em prédios se pendurar em parapeitos e até mesmo se jogar do alto de torres em pequenos montes de feno) com elementos de espionagem e belas animações de assassinato trouxeram vendas nunca antes vistas em uma nova propriedade intelectual.

No jogo você é Desmond Miles um rapaz comun em 2012 que de repente começa a se envolver em uma guerra milenar entre assassinos e templários. Através de uma máquina chamada Animus, Desmond revive a memória de seus antepassados e é assim que o jogo nos leva a renascença italiana e à Ezio Auditore de Firenze( o personagem que você controla 90% do jogo ), o jogo é uma sequencia direta a Assassin's Creed 2 onde Ezio já era o personagem principal.

Logo no começo do jogo Ezio é levado a Roma que foi corrompida pela influência do papa e sua família(todos pertencentes a ordem dos templários), os Borgia. Devido a fatores que são esclarecidos na introdução do jogo, ezio deve restaurar a ordem dos assassinos e liberar Roma da influência dos Borgia, assim como recuperar um artefato mitológico que se encontra nas mãos dos templários.

Nunca estive em Roma mas do ponto de vista imersivo este game se encontra em um outro nível de realismo, se vc pegar uma foto de qualquer uma das muitas capelas e prédios históricos de Roma e comparar com os modelos do jogo perceberá que a equipe da Ubisoft se preocupou em peso com o design da cidade para que o jogador realmente se sentisse em Roma. E não é somente em relação a beleza que o design do jogo se destaca, as vestimentas das pessoas na rua, a maneira como elas agem as ocasionais falas em italiano, cortesãs e muitos outros fatores que juntos fazem com que o jogador se sinta andando pelas ruas de Roma na renascença.

Do ponto de vista do gameplay Brotherhood não foge muito da fórmula dos outros assassin's creed, você deve assassinar alvos da maneira mais silenciosa possivel, para essa tarefa Ezio utiliza um arsenal que vai desde facas escondidas em suas roupas até uma pequena pistola de 6 tiros ( cortesia de seu amigo Leonardo da Vinci), Ezio também utiliza a ajuda de amigos da ordem dos assassinos: Cortesãs, Ladrões e Mercenários são uma ajuda bem vinda na hora de lutar contra grupos de guardas. Nesse ponto o jogo se destaca pois quando não é possivel eliminar todos os inimigos silenciosamente você deve entrar em batalha com grupos de muitos inimigos, nos outros jogos da série assim como nesse é possível contra-atacar o golpe de um guarda o que leva a uma pequena cena de execução, a inovação de brotherhood é que essas execuções podem ser emendadas em outros guardas o que torna a luta mais dinâmica.

As missões tambem sofreram leves e agradaveis modificações, agora o jogo sugere como você deve realizar determinada tarefa: por exemplo sua missão é resgatar Caterina Sforza do Castel Sant'Angelo, há inumeras maneiras de realizar tal tarefa desde invadir pela porta da frente à se esgueirar pelo muro do castelo eliminando os guardas com sua besta, porém o jogo lhe sugere que a maneira " correta" de realizar o feito é não ser localizado, portanto se você conseguir invadir o castelo sem ser detectado sua missão terá  sido realizada 100% corretamente. Além das tradicionais missões extra de Ladrão, Cortesã e Assassinato em brotherhood ainda podemos achar os Puzzles do experimento 16, as chaves para a armadura de Romulo ( a mais poderosa do jogo, exige que 6 chaves escondidas em calabouços sejam recuperadas), destuir todas as torres borgia( cada torre guardada por um capitão, matar o capitão e incendiar a torre libera a área da influência dos Borgia), destruir as máquinas de guerra de Leonardo(este foi sequestrado pelos Borgia entre AC2 e AC Brotherhood e já tinha até inventado tanques de guerra) além do grande ponto de brotherhood : recrutar assassinos à sua ordem.

Aqueles que jogaram o primeiro jogo da série se lembram das famosas missões de salvar os cidadãos da cidade, em brotherhood elas funcionam da mesma maneira só que os cidadãos salvos se juntam a sua missão de salvar Roma e se tornam assassinos à sua disposição, estes podem ser utilizados para combater os templários em missões por toda a europa e ganham experiência e níveis de habilidade passando de um simples recruta a um assassino profissional como Ezio. Estes Assassinos podem ser chamados em meio à batalha para ajuda-lo ou matar um alvo distante contanto que não estejam em missões o que torna a batalha ainda mais dinâmica.

O que foi descrito até agora torna Brotherhood o melhor jogo da série até o momento mas isso não significa que ele não tenha problemas, alguns deles bem graves.O primeiro é a taxa de frames, possuo um ps3 mas tive acesso a versão do xbox por meio de um amigo e em ambas foi possivel perceber essa falha, devido a grandiosidade de Roma e a qualidade dos modelos e animações mtas vezes a taxa de frames cai a ponto de ser perceptível, em um jogo dinâmico e rápido como assassin's creed isso é bem grave. O segundo são os glitches e bugs da engine do jogo que vem desde o primeiro volume da franquia, não há nada mais frustrante do que despencar para a morte por que ezio resolveu que não iria se agarrar naquele parapeito ou como aconteceu uma vez comigo no modo online cair no limbo dos videogames.

 Outro ponto negativo é quanto a reconstrução de Roma, você deve pagar para reformar lojas,comprar monumentos e alocar aliados. Acho essa idéia interessante porém apesar de Roma ser grande não há sentido para algumas coisas como por exemplo 2 lojas de médico uma ao lado da outra ou 10 lojas de venda de pinturas sendo que novos itens somente são disponibilizados no começo de cada capítulo( ou como o jogo chama Sequência) e você muito provavelmente utilizará somente 2 ou 3 delas o que me leva ao meu outro ponto: missões de loja, irritantes e mal projetadas estas pedem que  localize ítens nos mais de 280 baús do jogo para que o dono da loja troque por uma arma ou mapa, porém o jogo não dá a menor dica de como obter estes itens e quando estiver abrindo seu 20º baú que contêm um totem de madeira você estará pensando se vale a pena completa-las  .

Brotherhood sem duvidas foi um dos melhores jogos do ano passado, se adicionarmos ainda o modo online ( que será discutido em outro post) há sem sombra de dúvidas espaço para 30 ou mais horas de jogo o que me leva a crer que dividir a história de Ezio em 2 partes foi uma decisão mais do que acertada, basta saber agora se a Ubisoft não irá se perder como fez com a série Prince of Persia, percebam: Assassin's Creed é sempre considerado um dos jogos do ano porém nunca é O jogo do ano.

Ficha Tecnica

Nome: Assassin's Creed Brotherhood
Distribuidora: Ubisoft
Desenvolvimento: Ubisoft Montreal
Data de Lançamento: Novembro de 2010
Estilo: Ação e Aventura
Nota : 9,0





quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

I choose the Impossible

Criar uma ferramenta de mídia com o tema games no Brasil é uma missão que somente Andrew Ryan do jogo Bioshock conseguiria realizar. O nome deste blog é uma homenagem a cidade criada por Ryan(rapture) e tem como tema discutir design de games, a industria e as noticias do mundo dos games mas antes acho melhor me apresentar.

Meu nome é Raphael de Faria, estudo computação com a idéia de um dia trabalhar com games, fiz um curso de design de games de 2 anos( sim, existe isso no Brasil !) e foi em uma discussão sobre design nesse curso que resolvi criar este blog, acho que é o suficiente como introdução.

Bom como primeira noticia vou falar sobre o assunto no dia, o psp2 ou como a sony gostaria que nós o chamassemos NGP( Next Generation Portable), o console foi anunciado ontem as 4 da manhã e as principais novidades são:

-Os games virão em cartões de Memória Flash, ou seja se livraram dos irritantes UMD's o que pode ser uma má idéia afinal não teremos tempo de fazer pipoca entre os loadings =/

- Haverá uma tela sensivel a toque na parte traseira do console , e o próprio console responderá a movimentos como os controles do ps3 e o iphone

- Graficos quase no nível do ps3 e uma grande facilidade para transformar jogos de ps3 em jogos de NGP

A sony foi muito inteligente neste anuncio por 2 aspectos, o primeiro é que touchscreens e resposta a movimento foram coisas que a Nintendo trouxe ao mercado de games e vieram para ficar, e ao que parece pelas pessoas que tiveram acesso ao console o painel Touch na parte de trás foi uma inovação agrádavel. O segundo é que estamos a menos de um mês do lançamento japonês do 3DS e esse anuncio tirou o foco das atenções do gigante 3D da nintendo.

Basta agora saber o preço da brincadeira... com o 3DS custando 250 dolares nos EUA e 300 no Japão como será que a Sony vai lidar com isso ? Eu espero que o ps3 tenha servido de lição que Megalomania nem sempre é uma boa. Façam suas Apostas.